quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

UFC Todos os Campeões Trocados em Dois anos


Se você acompanha UFC há mais de três anos, certamente se lembra dos tempos em que só se falavam sobre superlutas na organização. Naquela época, os campeões eram outros e as categorias estavam perdendo um pouco da graça por conta do domínio absurdo de quatro lutadores.

Jon Jones, George St-Pierre, José Aldo e Anderson Silva eram como imbatíveis. Bones, como é conhecido, se tornou o mais jovem campeão do UFC em 2011 e não largou mais o cinturão. Foram oito defesas bem-sucedidas, até ser afastado por problemas fora do octógono. GSP começou seu reinado em 2007, que durou seis anos, até se afastar em 2013. E os brasileiros não ficaram para trás. Aldo era o único campeão dos penas da história da organização antes de ser derrotado por Conor McGregor, e Spider dispensa comentários: campeão desde 2006, é considerado um dos melhores lutadores da história do MMA.

Com esse cenário, os fãs do esporte já estavam perdendo um pouco da vontade de acompanhar o esporte. Afinal, qualquer adversário escolhido para enfrentar um desses quatro saíra derrotado do octógono. E assim acontecia.

Foi aí, então, que começaram a surgir especulações sobre as famosas superlutas, tratadas como uma forma de "salvar" o UFC. Não que a organização estivesse falindo, longe disso, mas seria uma forma de gerar uma nova expectativa do público, conseguir promover grande eventos e, com isso, lucrar muito mais dinheiro.

Anderson Silva era sempre o mais lembrado, sendo especulado para combates contra George St-Pierre, de uma categoria de peso abaixo, ou Jon Jones, uma acima. Dana White, chefão do UFC, na coletiva de imprensa do UFC 159, chegou a afirmar Spider havia pedido um desses adversários para ele, mas que "ele não deveria estar pensando em uma supeluta agora". Bones demonstrava concordar com esses duelos e esperava dar o pontapé inicial após superar Anthony Johnson, citando até mesmo uma luta Fabrício Werdum, então campeão interino dos pesados.

Já José Aldo era sempre colocado na rota de Anthony Pettis, que apesar de não ter feito muitas defesas de cinturão como os outros citados, havia varrido toda a divisão dos leves, uma mais pesada que do ex-campeão brasileiro.

Apesar de todo apelo midiático e qualidade de entretenimento que se esperava sobre esse tipo de luta, como todos sabem, nenhuma chegou a sair do papel.

Dana White e a organização do UFC sabiam do cuidado que seria necessário para promover uma atração como essas. Uma das maiores dificuldades era em relação ao peso dos atletas, já que o mais leve não queria subir e o mais pesado afirmava que não conseguia descer. Qualquer errinho de calculo poderia beneficiar um dos lados e o resultado final "queimar" um grande campeão da casa.

Hoje, no entanto, o UFC vive um outro momento. Com uma reviravolta e a troca de quase todos os campeões em menos de dois anos, não há mais por que se falar em superlutas. A palavra do momento é "revanche". Com as derrotas dos supercampeões - Aldo, Ronda Rousey, Cain Velasquez e Anderson Silva - e ausência de outros dois - Jones e GSP -, não faz mais sentido pensar neste tipo de luta. Já os reencontros são vistos com ótimos olhos e são eles que deverão fazer a organização "bombar" em 2016.

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