quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Rockhold se nega a lutar em UFC 199 e escancara: evento histórico de número 200 trava o MMA


                                                                                                                                                                                                     
"Eu diria que quero lutar em maio, junho ou julho. Mas o UFC 200 seria bacana. Eu não quero estar no UFC 199. A expectativa em torno do UFC 200 vai ser tão grande que vai acabar com o UFC 199. Posso lutar no 198, mas quem é que vai querer o 199?".

Luke Rockhold deu voz exatamente ao post que o blog já planejava escrever: o tão esperado UFC 200 está destruindo o calendário da principal competição de MMA do mundo neste começo de ano.

Basta olhar os eventos já anunciados. São apenas cinco com lutas marcadas, o último deles no fim de fevereiro. O UFC 197, que deveria ser no Rio de Janeiro, em 5 de março, está por um fio. A justificativa extraoficial é a crise econômica enfrentado pelo mundo e, principalmente, pelo Brasil.

Mas o real motivo tem muito mais a ver com a parte esportiva.

O UFC tem atualmente 10 categorias de peso, oito masculinas e duas femininas. Em geral, os eventos numerados são capitaneados por uma disputa de título, já que eles são os que vendem os famosos pacotes de pay per view e, consequentemente, geram dinheiro a Dana White e companhia.

Considerando que cada lutador precisa de pelo menos três meses entre uma luta e outra, basta fazer as contas: quem quiser lutar no UFC 200, em 9 de julho, só pode entrar em ação até o comecinho de abril. E, ainda assim, se arriscando de não se recuperar a tempo do grande evento. E, claro, todo mundo vai preferir o UFC 200, como Rockhold já verbalizou.

Das 10 categorias de peso, duas delas estão comprometidas, com TJ Dillashaw e Fabrício Werdum defendendo os cinturões entre janeiro e fevereiro - eles até podem estar no UFC 200, mas definitivamente estariam fora dos eventos 197, 198 e 199. Robbie Lawler, que acaba de se envolver em uma batalha sangrenta com Carlos Condit, também não deve lutar tão cedo assim.

Seguindo a linha do UFC 100, podem ser até três disputas de cinturão no UFC 200. As especulações são de que os escolhidos para isso seriam Daniel Cormier (no retorno de Jon Jones), Conor McGregor e Holly Holm, na revanche com Ronda Rousey.

Restam, então, quatro campeões para três eventos: Luke Rockhold, Rafael dos Anjos, Demetrious Johnson e Joanna Jedrzejczyk.
Johnson encabeçou cinco eventos pay per view, os piores em termos de vendas. Dos Anjos só foi luta principal de evento numerado quando desafiou Pettis. E Jedrzejczyk nunca esteve nesta posição.

Para piorar, o UFC ainda ‘gastou' Anderson Silva em outro evento, fora do pay per view. O Spider foi justamente o último não campeão a encabeçar um evento numerado, em janeiro do ano passado. A última vez que isso tinha acontecido havia sido ainda em junho de 2013, quando Rashad Evans duelou com Dan Henderson - e isso porque a luta principal, entre Renan Barão e Eddie Wineland, caiu por lesão.

E você, como casaria os eventos de 197 a 200 do UFC? Será o caso de tirar uma disputa de cinturão e colocar em risco a chance de quebrar o recorde de pay per views, que até hoje é do UFC 100?

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