"Eu
diria que quero lutar em maio, junho ou julho. Mas o UFC 200 seria
bacana. Eu não quero estar no UFC 199. A expectativa em torno do UFC
200 vai ser tão grande que vai acabar com o UFC 199. Posso lutar no
198, mas quem é que vai querer o 199?".
Luke
Rockhold deu voz exatamente ao post que o blog já planejava
escrever: o tão esperado UFC 200 está destruindo o calendário da
principal competição de MMA do mundo neste começo de ano.
Basta
olhar os eventos já anunciados. São apenas cinco com lutas
marcadas, o último deles no fim de fevereiro. O UFC 197, que deveria
ser no Rio de Janeiro, em 5 de março, está por um fio. A
justificativa extraoficial é a crise econômica enfrentado pelo
mundo e, principalmente, pelo Brasil.
Mas
o real motivo tem muito mais a ver com a parte esportiva.
O
UFC tem atualmente 10 categorias de peso, oito masculinas e duas
femininas. Em geral, os eventos numerados são capitaneados por uma
disputa de título, já que eles são os que vendem os famosos
pacotes de pay per view e, consequentemente, geram dinheiro a Dana
White e companhia.
Considerando
que cada lutador precisa de pelo menos três meses entre uma luta e
outra, basta fazer as contas: quem quiser lutar no UFC 200, em 9 de
julho, só pode entrar em ação até o comecinho de abril. E, ainda
assim, se arriscando de não se recuperar a tempo do grande evento.
E, claro, todo mundo vai preferir o UFC 200, como Rockhold já
verbalizou.
Das
10 categorias de peso, duas delas estão comprometidas, com TJ
Dillashaw e Fabrício Werdum defendendo os cinturões entre janeiro e
fevereiro - eles até podem estar no UFC 200, mas definitivamente
estariam fora dos eventos 197, 198 e 199. Robbie Lawler, que acaba de
se envolver em uma batalha sangrenta com Carlos Condit, também não
deve lutar tão cedo assim.
Seguindo
a linha do UFC 100, podem ser até três disputas de cinturão no UFC
200. As especulações são de que os escolhidos para isso seriam
Daniel Cormier (no retorno de Jon Jones), Conor McGregor e Holly
Holm, na revanche com Ronda Rousey.
Restam,
então, quatro campeões para três eventos: Luke Rockhold, Rafael
dos Anjos, Demetrious Johnson e Joanna Jedrzejczyk.
Johnson
encabeçou cinco eventos pay per view, os piores em termos de vendas.
Dos Anjos só foi luta principal de evento numerado quando desafiou
Pettis. E Jedrzejczyk nunca esteve nesta posição.
Para
piorar, o UFC ainda ‘gastou' Anderson Silva em outro evento, fora
do pay per view. O Spider foi justamente o último não campeão a
encabeçar um evento numerado, em janeiro do ano passado. A última
vez que isso tinha acontecido havia sido ainda em junho de 2013,
quando Rashad Evans duelou com Dan Henderson - e isso porque a luta
principal, entre Renan Barão e Eddie Wineland, caiu por lesão.
E
você, como casaria os eventos de 197 a 200 do UFC? Será o caso de
tirar uma disputa de cinturão e colocar em risco a chance de quebrar
o recorde de pay per views, que até hoje é do UFC 100?
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